Shanghai Expo 2010

Tive o grande privilégio de conhecer a exposição mundial no primeiro dia de abertura ao público. O acesso super fácil, a partir do metrô de "Madang Lu" pois mais ou menos como nas Olimpíadas, eles destinaram uma linha só para a admissão ao parque.

A impressão que tive é que tudo é muito grande, bem distribuído, mas um tanto cansativo. As filas são quilométricas! Ouvi alguém dizer que passou 4 horas na fila para entrar no pavilhão do Japão, por exemplo.

Quando fui, fiz uso de um passe que me permitiria evitar a fila, mas vale dizer que o pavilhão em questão poderia aceitar ou não. Dito isso, EU AMO PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO! A maioria deles aceitaram que eu entrasse sem pegar fila, numa boa. Mas países como Japão, Alemanha, França, Austrália, Arábia Saudita (Canadá e Estados Unidos, nem tentei), negaram a minha entrada com o passe, o que não me surpreendeu já que eram os mais concorridos. Bom, eu não ia perder meu precioso tempo naquelas filas gigantescas e me aventurei pelos que me aceitaram. Entre a lista dos que visitei estão: Brasil, Chile, Coréia do Sul, Bélgica, Irlanda, Espanha, Itália, Rússia (que horror é aquilo??), Angola (tem um cineminha 4D bem divertido), Colômbia, Portugal, Argentina, Polônia, entre outros. Cada continente tem um palco para apresentações artísticas, e na américa, vi alguns shows de grupos mexicanos. Vi no Jornal voltando para Pequim que em breve Carlinhos de Jesus também irá se apresentar, representando o Brasil.

Devo voltar à Xangai mais algumas vezes até o término da exposição que durará 6 meses, então vou tentar visitar os pavilhões que não fui. Acreditam que para entrar no pavilhão da China tem que reservar com antecedência? Aí fica difícil. Não sei se iria a Xangai só pela exposição, mas estando lá vale dar uma passadinha.

Em tempo: Xangai é uma cidade charmosa e muito mais movimentada que Pequim, mas não trocaria a calmaria daqui pelo glamour de lá. Xangai para passear e Pequim para morar. ;-)

Sobre Pequim

Pequim é a atual capital da China e a segunda cidade mais populosa, sendo Xangai a primeira. Em 2010, sua população excedeu 22 milhões de habitantes (Fonte: China Daily) e sua extensão territorial é de 16.801,25 km² (Fonte: Wikipédia).

Vindo para a capital chinesa num vôo international, de cara você se deparará com o maior aeroporto do mundo, com quase 1.000.000 metros quadrados e capacidade de movimentar 76 milhões de passageiros (Fonte: Wikipédia), que além de tudo, é moderno e funcional.

As ruas estão recheadas de carros, muitos deles importados. Não é difícil ver Lamborghinis, Ferraris e Maseratis (entre tantas outras marcas famosas) rodando por aí e pessoas cada vez mais jovens ao volante. É perceptível o aumento da quantidade de automóveis em contraste com a dimuição das bicicletas. O que resulta em problemas de trânsito e grandes engarrafamentos, como toda grande cidade.

O setor imobiliário vem se desenvolvendo de maneira espantosa. Apartamentos amplos, confortáveis e, como não podia deixar de ser, caros. Quem chega ao CBD ou algo como Distrito Central de Negócios, não se sente na China. Há uma imensa variedade de prédios comerciais modernos. É no CBD onde fica o mais novo e famoso prédio da CCTV (rede de televisão estatal chinesa) e o mais alto prédio da cidade, o China World Trade Center.

Numa visita a Praça da Paz Celestial e a Cidade Proibida, antigo palácio imperial da China, você também se surpreenderá com o moderno Teatro Nacional (coloquialmente conhecido como O ovo) inaugurado em 2007, localizado na mesma avenida.

Apesar da quantidade de pessoas, em Pequim não se vê violência, nem sujeira nas ruas. Muros pichados, nem pensar. Na primavera os jardins ficam lindos, floridos, e apesar de não haver nenhuma proteção, as pessoas não os destroem gratuitamente como acontece em tantos lugares.

Há poluição? Certamente. E é uma grande pena. Mas acredito que com o passar dos anos, com as regulamentações ambientais e pressões para que cuidemos melhor do nosso meio, há uma tendência de melhoria. Eu sinceramente gosto muito deste lugar, e se depender de mim e da minha estadia na China, ainda terei muitas histórias para contar.

Vivendo no império do meio

Em meados de setembro de 2006, cheguei em Pequim, ainda no segundo terminal (que era o principal na época). Quando saí do desembarque, vi aquela multidão de chineses à espera dos seus e a primeira coisa que pensei foi: "Será que fiz a coisa certa?".

Não vou dizer que tudo foi fácil, mas diria que valeu a pena. Pela cultura, pela língua, pelo lugar interessante que a China é. Pois bem, quatro anos se passaram e aqui estou eu, firme e forte!

Vou tentar relatar um pouco das minhas experiências na China e desenvolver meu lado "escritora" que tem sido deixado de lado há bastante tempo.

Vamos ver no que dá!